Pensar Hoje - retratos do agora

domingo, 13 de julho de 2008

Estática

Pode também ser revigorante andar parado; assim o diz meu corpo hoje, ao pela primeira vez sentir o farfalhar das folhas, sim, lá ao longe - longe do que? - sem se preocupar com as qualidades ou defeitos dele. Também pode ser boa a sensação de não julgar, não ser julgado - sequer olhar por um tempo.

O descanso, quando de verdade, pode ser confundido com algo não benigno. Mas, oras, depende de como medimos isto. Afinal, pomo-nos em condição da justa incapacidade para aferir algo. Felizmente é só por um tempo.

E, então, como não confundir o descansar com o apodrecer, nestes casos? Nele, assim como o fiz, ser medido após tal descanso ou padecimento. Sim, demoramo-nos a entrar de volta em nossos corpos, mas eles também agradecem quando é um descanso. Um decanto, diria.

A fugacidade deste momento nos é cara: como evitar fugir se simplesmente estamos fora? Não há resposta necessariamente precisa, até assim não podemos evitar nossos corpos de pensar ou até de tomar decisões por nós. Aliás, "por nós", saliento.

Cabe a nós decidirmos por quanto tempo ficaremos estáticos. Se pouco ou se muito, o julgamento é pessoal. Mas há um consenso. Ninguém descansa sem ter se cansado de algo. Como quase tudo, é talvez melhor que não seja para sempre. Ou muito.

2 comentários:

Vica disse...

Olá!

Ghad Arddhu disse...

ta na hora de postar algo novo hein....