Pensar Hoje - retratos do agora

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O conto da indecisão

conto de fadas - não reflete a vida real

É sexta.

Estou na dúvida se convido ou não. Se estou atraente ou não! Se minha voz parece convincente... Até se a minha vida, simples como sempre, está ou é boa! É um bom dia hoje. Só o dia, acho, não consigo pensar no resto. Liguei para o ser e, ah, o que será requerido de minha pessoa indecisa? Nem a roupa sei qual usar.

Confesso, quase tudo me atraiu. Por que amo assim, meu bom senhor? Nem conheço direito, acho. Mas acho que conheço! Que esperaria de mim, ser tão indeciso e ao mesmo tempo impuro pelas decisões e incólume por pensamento?

E quase é por minha insegurança.

Vou fazer um convite a passear por uma rua: lembro-me até hoje ser larga, avenida, esverdeada pela natureza, mesmo grande, calma. Já por lá, lugarejo típico de dois animados introvertidos, andamos, comedidamente, a discutir o que realmente as pessoas podem pensar sobre a vida. Essa é vista por cada um diferentemente, principalmente quando agimos pouco.

À noite, tomar um cappuccino requintado, polvilhado de canela, quente na medida, em xícara de feitura especial para momentos que desejamos ser bonitos. Depois, pretendo flertar, com toda a ternura conhecida por mim como gente, seus olhos negros mais bonitos...

E, ao sábado, acordar com todo meu bom humor, mostrar-lhe meus álbuns das fotografias que em minha vida tirei, tão carinhosamente, e abraçar, mas tão somente abraçar com toda, toda a dedicação que reconheço em mim, até servir-lhe um café da manhã na cama.

Nessa noite, gostaria de sentir seu perfume, entre amadeirado e doce por natureza; de que ele ficasse encalacrado no meu nariz, já torpe por sua presença, para que eu sempre possa sentir o cheiro voar em minha mente...

E então sentir-lhe.

Ainda não sei como fazer o convite. E já prevejo tudo de antemão: tudo como gostaria. Meu medo trai; diz-me que não será assim, que acontecerão coisas para tirar-me de minha ilusão, fantasia bela e serena encravada em meu ser.

Todas as experiências pelas quais passei voltam como filmes, bem dirigidos, no cinema da minha mente, altamente criativo mas sempre atrelado ao que vivi, coisas boas e ruins. Tudo se soma mas a conta, desvairada e às vezes injusta, nunca é matemática.

Sou eu pessoa impura e maculada ou ser ingênuo e intocado? Ninguém me diz. Posso até perguntar, mas as convenções torpes da sociedade, dita madura, não me são sinceras. E quando poderei eu saber onde há verdade? Talvez só tentando...

... e é hoje que eu tenho de decidir.

3 comentários:

Erika disse...

Ih...é verdade!!tem que decidir sim..mas tem ue tentar, tentando eu acho que a gente encontra as respostas...e pena que eu não ouça meus próprios comentários né?rsrs

Um abraço...seus textos são incriveis, e esse elogio por mais que pareça não é clichê!

Amanda disse...

Não sei comentar seus textos sem ir por partes. Parece que sempre vou esquecer de algum pedacinho.

Será que eu posso responder com um outro conto?

É sábado.

A noite já caiu e ela despediu-se com um adeus da visão dos sonhos. Aquele sorriso que insistia em descer a ladeira cada vez que a felicidade parecia chegar para ficar.

Sentou-se ali e se viu nas palavras de alguém. Sentiu que era ela, mesmo sabendo não ser. Sentiu ciúme de quem quer que fosse até lembrar que ele mesmo dissera ser um conto de fadas.

Confessa também, quase tudo a traiu naquele primeiro contato. E já se passou algum tempo desde que aconteceu. Queria contar como se fosse real (por que parecia ser?). Queria dizer os cheiros, enumerar os sabores, fantasiar uma possível paixão. Nada disso aconteceu.
Melhor assim.

Nem o conhece direito, acha. Mas concorda com a vozinha que grita no fundo que foi um ótimo achado. Depois de tanto tempo, meu deus. Depois de anos separados por continentes e oceanos (ou tudo depende de um ponto de vista?).

Restou um filho.

Leu sobre o capuccino e quis fazer um. Correu para esquentar a água enquanto terminava de ler. Também gostava com canela. Sorriu.

Como era romântico, deus do céu! Recordou uma conversa de tempos atrás sobre como teria sido gerado um baixo. Será que teria sido tão romântico assim?

Também criou filmes e os reviu todos eles. Era uma medrosa assumida. Mas ali, naquele momento, depois de ler todas aquelas coisas, queria inspirar coragem. A coragem que tentou plantar algum dia no coração do dono daquelas palavras.

Por que não perguntar então para uma criança? Sim, era essa a resposta.




Corações para você, meu lindo

Marcia Soleni disse...

Nhummmmm xo pensar (...)

Digo...não digo.
Faço...não faço.
Vou...fico.

Diz duma vez homem...pense:
a resposta pode ser sim ou não.
Bem, poderia haver um talvez,porém para mim o talvez soa como um sim disfarçado...meio aspirante a ter um dia coragem.

Se a resposta for sim; vais pensar...powww pq demorei?
Se a resposta for não; vais pensar...powww pq protelei a resposta?
Se for um talvez; manda criar vergonha na cara.

Quer saber? Diz uai...quem vai perder de ver esse álbum de fotos mesmo?????

;) 0/

Saudações rotarianas <:8